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sábado, 5 de março de 2011

O HOMEM E A MULHER

Victor Hugo
 
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
 
Deus fez para o homem um trono.
Para a mulher, um altar.
O trono exalta.
  O altar santifica.
 
O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
A luz fecunda.
O Amor ressuscita.
 
O homem é forte pela razão.
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence.
As lágrimas comovem.
 
O homem é capaz de todos os heroísmos.
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece.
O martírio sublima.
 
O homem tem a supremacia.
A mulher, a preferência.
A supremacia significa a força.
A preferência representa o direito.
 
O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
Contempla-se o infinito.
Admira-se o inefável.
 
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.
 
O homem é um código.
A mulher, um evangelho.
O código corrige.
O evangelho aperfeiçoa.
 
O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
 
O homem é um oceano.
  A mulher um lago.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.
 
O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
 
O homem é um templo.
A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
 
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
  E a mulher onde começa o céu.

AS TRÊS PENEIRAS DE SÓCRATES

 Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.
Utilizo essa parábola nos treinamentos que realizo como forma de estimular uma relexão sobre as nossas atitudes no relacionamento interpessoal e as consequência que resultam quando agimos sem evidências de que o que comunicamos é verdadeiro, bom ou útil. Percebo que de forma bem informal o diálogo se encaminha para o autoconhecimento e crescimento pessoal.

A DIFÍCIL ARTE DE ESCUTAR

Portanto, considerem atentamente como vocês estão ouvindo. Lucas 8:18
Nada é mais agradável do que ter alguém que nos ouça com atenção nos momentos de aperto e indecisão e nos ajude a tomar o melhor caminho. Estou certo de que até mesmo por telefone já procuramos o conselho de alguém confiável e amigo.

Mesmo com a capacidade de distinguir entre 300 mil tons diferentes, e com a membrana do tímpano tendo flexibilidade para registrar desde a queda de um alfinete até o ronco de um jato, quanto ainda temos que aprender para dominar a difícil arte de ouvir outro ser humano!

Muitos dizem: “Ah, quem dera que alguém se importasse em me ouvir e acreditar em mim!” (Jó 31:35, A Bíblia Viva). São pessoas que precisam de um ombro amigo, de um ouvido acolhedor e procuram alguém confiável que as ouça e oriente.

Mesmo com a agenda de seu ministério sempre cheia, Jesus tirou tempo para ouvir Nicodemos, a samaritana, Zaqueu, os discípulos no caminho de Emaús e Pedro, depois da ressurreição. Ele mesmo repetiu algumas vezes a frase “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.

Não é necessária nenhuma profundidade acadêmica para mencionar como podemos tornar mais eficaz a maneira de ouvir e ajudar outros. Já conhecemos o assunto, mas vários motivos nos levam a ignorá-lo nos momentos em que precisamos parar para ouvir, especialmente quando nossa agenda está cheia.

Robert Montgomery, executivo e orientador de equipes de trabalho, relembra alguns sinais de um bom ouvinte: “Olha para mim enquanto estou falando, faz perguntas para esclarecer o que estou dizendo, não me apressa, não me interrompe, mantém-me no assunto até que eu tenha concluído meus pensamentos”, etc.

Como seguidores de Cristo, somos uma extensão de Seu ministério. Precisamos ouvir e dar tempo às pessoas para ver o que as está machucando e ferindo no seu dia a dia. E precisamos ouvir não apenas as palavras, mas também o que elas estão querendo dizer quando ficam em silêncio.

Mesmo que transtorne nossa agenda, nunca vamos avaliar corretamente o benefício que significará na vida de uma pessoa ter alguém para ouvi-la.

Se alguém hoje cruzar seu caminho querendo um conselho ou uma orientação, não se desobrigue da oportunidade de ouvir essa pessoa. Peça que seus ouvidos sejam tocados pela graça de Deus a fim de compreender e ajudar.
Fonte: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2011/frmd2011.html
Postado por Maria José em 05/03/2011